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Eu ouço crenças limitantes o tempo todo (Iskrépi; F11)

13/07/2021 - Por luciana okazaki
Atenção: Os textos e artigos reproduzidos nesta seção são de responsabilidade dos autores. O conteúdo publicado não reflete, necessariamente, a opinião da ADEALQ.

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-Eu ouço crenças limitantes

-Com que frequência?

-O tempo todo!

 

É isso mesmo. Desde que eu me desliguei do piloto automático o que mais percebo é como as crenças limitantes dirigem a nossa vida. E muitas vezes nem nos damos conta disso.

 

São frases como "não tenho tempo", "meus sonhos são impossíveis de serem alcançados", "não sou bom para isso", "sou velho demais para mudar", "não é possível viver do que se ama"...a lista é interminável. E ouço as pessoas dizendo isso com mais frequência do que eu jamais tinha notado.

 

Crenças são ideias e pensamentos dos quais temos convicções e acreditamos que sejam verdades. É algo em que botamos fé e que consideramos como uma certeza, mesmo que não haja nenhuma comprovação para isso. Elas podem ser possibilitadoras ou limitantes.

 

As crenças possibilitadoras funcionam como um combustível para a ação, permitindo que realizemos feitos e alcancemos marcos. É o que nos leva para frente, nos faz evoluir e crescer. Pense em todas as grandes realizações que aconteceram ao longo da história. As pessoas por trás delas tinham estes tipos de crenças, que as impulsionaram em vários momentos a não desistirem e a buscarem algo diferente.

 

Por outro lado, as crenças limitantes nos bloqueiam, paralisam e como o próprio nome diz nos limitam. Elas fazem parte dos nossos sabotadores mentais (que descrevi no último artigo) e aparecem inconscientemente e direcionam nossa vida - e a gente acaba dando o nome a isso de ´destino´.

 

Vou listar aqui as mais comuns que ouço sempre:

"A vida é dura e sofrida"

"Eu tenho o dedo podre para relacionamentos"

"Dinheiro é sujo e não traz felicidade"

"Não tenho tempo para isso"

"É tarde demais, não consigo mudar"

"Não consigo fazer isso"

"Não é possível ser feliz no trabalho"

 

Você já ouviu alguém dizer alguma destas? E você mesmo já pensou e pronunciou alguma delas em voz alta?

 

Eu tinha duas crenças fortíssimas: de que estava velha demais para mudar de carreira (no auge dos meus 33 anos! Com pelo menos mais uns 60 anos pela frente, a depender da minha genética oriental) e de que não era possível ser feliz no trabalho.

 

As crenças são formadas por repetição ou por um forte impacto emocional. Ver, sentir e ouvir reforçam as experiências que vivemos e solidificam estas crenças ao longo do tempo. Elas têm origem desde a nossa tenra infância (quando somos como uma folha de papel em branco) até os nossos dias atuais. Somos bombardeados constantemente por crenças dos nossos pais, familiares, amigos, governo, sociedade, grupos dos quais fazemos parte, etc.

 

A boa notícia é que podemos mudar e reprogramar estas crenças. Mas para isso precisamos sair do piloto automático, fazer uma autoanálise e identificar as crenças que nós temos. Reconfigurá-las afeta diretamente a maneira como levamos a vida.

 

Proponho o seguinte exercício para você: pegue um pedaço de papel e identifique  as suas crenças limitantes. Em seguida, se faça a seguinte pergunta: "Verdade mesmo que...(crença)?" Por exemplo: "Verdade mesmo que eu não consigo fazer isto?" Ou será que eu nem tentei ou estou desistindo no meio do caminho e me autossabotando? "Verdade mesmo que dinheiro é sujo?" E por isso, eu não consigo guardar dinheiro, pois eu não quero ter algo que eu considere sujo e ruim.

 

Sair do piloto automático é o primeiro passo para reprogramar estas crenças. Bata na tecla do questionamento. Reforce as crenças com algo positivo - crie uma crença possibilitadora para cada crença limitante. Repita isso para você (lembra que eu falei que as crenças são formadas por repetição ou por um forte impacto emocional?). Para você conseguir algo, não basta querer aquilo, você tem que acreditar.

 

E cá estou eu no dia de hoje: de engenheira agrônoma para terapeuta integrativa, feliz com o que faço, e vivendo todos os dias com aquela sensação de que chegou a sexta-feira (se você sofre da ´síndrome do Fantástico´ sabe como é).

 

Jung disse "Até que você torne o inconsciente em consciente, aquele irá direcionar a sua vida e você irá chamá-lo de destino". Por isso, pare de por a culpa no externo, no destino e entenda que o poder de mudar está mais perto do que você imagina: está em você!

 

Luciana Okazaki (Iskrépi; F-11) ex-moradora da República Cupido, é engenheira agrônoma vivendo seu propósito como Terapeuta Integrativa

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