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O seu, o meu e o nosso - logo (Samurai; F-90)

02/06/2018 - Por flavio shuiti inoue
Atenção: Os textos e artigos reproduzidos nesta seção são de responsabilidade dos autores. O conteúdo publicado não reflete, necessariamente, a opinião da ADEALQ.

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Estas duas últimas semanas tem sido muito intensas nas mídias sociais para a nossa gloriosa, amada e querida escola. Não creio que nenhuma outra instituição brasileira incita tantos e genuínos sentimentos e reações guturais.

Temos a polemica do “novo logo”. Fazia tempo que não via tamanha reação dos egressos da ESALQ (não gosto do termo ex, não sou ex).

Ao longo das discussões - que foram escalando como toda e qualquer discussão - alguns tem se posicionado na minha opinião com uma “energia” e “possessividade” bastante curiosas.

Em muitas instâncias acredito que cruzamos a linha do razoável na discussão - tentando obter resultados “na porrada”, fazer valer posições pessoais e não tentar organizar a resolução e mostrar para ESALQ que também somos muito organizados

Talvez tenha sido um efeito colateral da recente greve dos caminhoneiros (Maio 18), do nosso total sentimento de impotência perante a ela, e a consequente vontade de obter algum resultado em outro lugar, quem sabe?

Vários colegas clamaram pela “minha escola” ou “meu logo” - acredito que o que é nosso não é necessariamente só meu, nem só seu. O que é meu ou seu tem fronteiras muito claras, como a privacidade - onde a tua termina onde começa a minha. 

Já o nosso cruza esses limites - é nosso, meu e seu ao mesmo tempo, porém não exclusivamente, portanto tenho que respeitar a opinião do outro, convidá-lo à discussão e chegar em um ponto em comum, com concessões. Isso é um simples exercício de civilidade e convivência em sociedade, que aliás as mídias sociais clamam fazer bem, porém não tem funcionado muito bem na minha opinião.

As mídias sociais aproximam e afastam as pessoas ao mesmo tempo - você consegue "achar" as pessoas com muita facilidade, mas não necessariamente "encontra" elas. Ainda gosto muito das discussões ao vivo, de preferência com cerveja e torresmo. Gosto de falar pessoalmente, olho no olho, pois assim leio toda a resposta que a outra parte me dá - e que a interação digital afasta - mas de novo talvez eu seja um tiranossauro.

Também nunca fui muito fã de discussões por trás do teclado, o teclado é uma arma poderosa e perigosa, se bem ou mal usado. Conheço pessoas que se transfiguram atrás de um teclado, mas eu prefiro o copo de cerveja gelado como condutor de uma boa e saudável conversa.

Se você chegou até aqui, a pergunta deve ter surgido, "qual o ponto Japa?"

O ponto é convidar todos a participar mais da nossa sociedade, in vivo. Podemos e devemos cobrar da ESALQ interação conosco, somos parte da escola, mas façamos isso de forma organizada, clara, respeitosa e convidando a outra parte para sentar e discutir o que pode ser feito. Mesmo que a outra parte não o tenha feito assim.

É igualmente importante ajudar a ADEALQ se fortalecer, permanecer, seguir adiante e nos representar - e não estou pedindo contribuições $ como quiseram interpretar - o seu tempo é o ativo mais valioso para nossa associação, ela nasceu forte mas precisa de energia para seguir forte, sempre, todo o dia. O seu tempo e dedicação é a melhor contribuição que a ADEALQ pode receber.

A minha opinião sobre o logo é irrelevante - mas a minha preocupação em como podemos nos organizar e manter nossa relação de amor com a escola é genuína.

Boicotar o churrasco, que não é da ESALQ, é nosso. Xingar nosso diretor, nossa diretoria, que são nossos colegas - incitar uma greve de ex-alunos - é de pouca eficácia e de pouca contribuição, vamos usar a ADEALQ para ordeiramente canalizar nossos anseios pelo "nosso" logo.

Viver em sociedade não é fácil, demanda muito do emocional, mas é saboroso.

Lembrem-se no final do dia somos todos Esalqueanos e irmãos.​
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